Tomate - Equipa de Vela
AS HISTÓRIAS E AVENTURAS DA "EQUIPA DE VELA TOMATE" - O MAR - A VELA - OS BARCOS À VELA - A RIA FORMOSA E O MUNDO MARINHO...
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Há dias em que não se deve sair de casa...
As cinco fotos que publico, foram tiradas pelo Tomate Carlos Simões no segundo dia da Regata das Marinas 2012.
Na primeira regata do dito dia o Tomate foi obrigado a retirar-se por motivos que não têm a ver com esta postagem.
Após termos decidido abandonar o evento, ficámos alguns minutos parados sem vento...começou então a entrar uma ligeira brisa que aproveitámos para iniciar o caminho até à Marina de Vilamoura.
Atrás de nós o tempo começou a refrescar e entrou uma frente(30 nós nas palavras de alguns velejadores) que atingiu a frota que disputava a regata.
Esta frente fortíssima chegou ao Tomate minutos mais tarde...Reagimos bem já que navegávamos à popa e portanto não houve nenhum problema.
FOI ENTÃO QUE ENTROU UMA CARGA DE ÁGUA COMO NÃO ME LEMBRO DE TER VISTO...NÃO SE VIA NADA...COM A AGUA VEIO UM VENTO QUE DE TRINTA DEVE TER PASSADO PARA O DOBRO E AINDA POR CIMA SALTOU UNS 50º QUANDO ENTROU...
ESTA SITUAÇÃO DUROU PARA AÍ UM MINUTO, ORIGINOU UMA CAMBADELA BRUTAL QUE DE IMEDIATO ARRANCOU O MOITÃO DA GRANDE...NÃO FOI FÁCIL DE GERIR E ESPERO NÃO ME ENCONTRAR TÃO CEDO COM UMA COISA PARECIDA...
Para que possam perceber melhor junto cinco fotos. Na primeira foto vê-se a frota à popa.
NA 2ª FOTO VÊ-SE CLARAMENTE A FRENTE A ENTRAR...
NESTA 3ª FOTO O TOMATE É A VELA AO CANTO ESQ.
DE NOVO O TOMATE AO CANTO ESQ.
O TOMATE É ENTÃO APANHADO POR ALGO QUE É DIFÍCIL DE DESCREVER...
JÁ PASSOU...
POIS É CAROS AMIGOS...HÁ DIAS EM QUE NÃO SE DEVE MESMO SAIR DE CASA...
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Um comentário:
Esta fica no currículo. Do ponto de vista de onde foram tiradas estas fotografias até parece que não se passou grande coisa, mas para quem estava no Tomate rapidamente a vista que tivemos quando a frente entrou, pela alheta de bombordo progredindo da praia para o mar, foi tão cinzenta como o céu da quinta fotografia. Nunca tive uma experiência igual no mar. Por momentos vi os balões dos barcos em regata a esvoaçar descontrolados, olhei para o aparelho do Tomate e quando tento vislumbrar de novo os barcos em frente a Albufeira já não vi nada a não ser um mar branco a encarneirar e uma linha de vento vincada na água que avançou na nossa direcção. A nossa retranca mudou de bordo como se fosse um interruptor, um moitão da vela grande desapareceu balisticamente, e por intermináveis segundos tentamos equilibrar o barco que tinha arrancado furioso em direcção a Vilamoura. Já contei esta experiência a outros regatistas daquele dia, e olhavam para mim como se estivesse a relatar uma ida à pesca, mas umas imagens valem mais que estas palavras todas.
Cumprimentos e boas navegações.
Álvaro Valente
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