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sábado, 8 de outubro de 2011

Santa Iria – História , Lendas , Curiosidades

A Regata de Santa Iria é realizada no âmbito da Feira de Santa Iria, em Faro .

As origens da Feira de Santa Iria remontam ao ano de 1596, fazendo este ano 415 anos. Diz a história, que esta Feira começou no reinado de D. Filipe I , após o incêndio que a cidade sofreu na sequência da invasão inglesa de 1596. Com a invasão , e depois do incêndio, a cidade ficou desprovida de inúmeras infraestruturas e os seus habitantes padeciam de fome e peste . A realização desta feira vinha, de alguma forma prestar auxílio à população carênciada, incrementando as transacções comerciais.

A ligação da Feira ao nome de Santa Iria, prende-se com o facto da sua primeira realização ter sido marcada para o dia de Santa Iria , dia 20 de Outubro.

O dia de Santa Iria – 20 de Outubro , tem como base a Lenda de Santa Iria , Padroeira das cidades de Tomar e de Santarém , e reza assim …

Iria terá vivido em meados do século VII , na antiga cidade visigótica de Selio/Nabância (mais tarde Tomar) , na margem do rio Nabão . Fez-se Iria monja de um convento demonstrando qualidades que desde logo a tornaram conhecida, pois a par da humildade, caridade e pureza, apresentava uma profunda beleza. Por ela se terá apaixonado Britaldo, filho do governador do palácio de Nabância. Todavia, a vida religiosa impediu a correspondência do sentimento de Britaldo. Também Frei Remígio, que educava Iria, sucumbiu à sua beleza! Repudiado pela jovem, o monge concretizou vingança dando-lhe uma infusão de ervas que a fez inchar como grávida. Ao saber do facto e julgando-se traído, Britaldo mandou matá-la no dia 20 de Outubro do ano de 653 ( teria a jovem Iria 15 anos ), o que sucedeu enquanto esta rezava junto ao rio Nabão . Arrastado pelas águas , o corpo seguiu do rio Nabão para o rio Zêzere e daí para o rio Tejo. Diz a lenda que Iria ficou miraculosamente sepultada nas areias do leito deste rio, junto a Scalabis (hoje Santarém). Que por milagre as águas deste se abriram para mostrar um túmulo de alabastro, de tão formosa arquitetura, que só anjos o poderiam ter construido. Muitos milagres, segundo dizem, se devem a Santa Iria .

Diz ainda a lenda , que séculos mais tarde , por voz e orações da Rainha Santa Isabel , as águas do Tejo se terão voltado a abrir , deixando passsar o cortejo régio assim como os mestres pedreiros que não conseguiram abrir o fabuloso túmulo . Já depois de todos se terem retirado , as águas do rio voltaram a juntar-se . D. Dinis determinou então que fosse erigido um pedestal na margem, em honra da tão inocente e formosa Iria .

Quis partilhar... Helena Coutinho

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